terça-feira, novembro 09, 2004

És mesmo...

A tua boca continuava colada na minha
Não respirávamos, como se interrompêssemos algo
Senti finalmente o gosto doce da tua língua
Os teus dedos brincavam no meu umbigo
Abri os olhos com medo que fosse um sonho
Vi uma face linda com os cabelos a raiar com o sol
Eras real e estavas ali
Mais convencido fiquei quando ouvi um sussurro
Bem junto ao ouvido “amo-te imbecil”
Com uma das mãos acariciei-te o mamilo
Estremeceste, mordeste-me a orelha
Gemi e tremi
A tua mão deslizou pela minha barriga
Abriste os olhos, sorriste
Tanta pressa para quê?
Temos todo o tempo para nos amarmos
Estás distraído, não reparaste que o mar se calou
Que as nuvens não se movem
E os deuses estão a ver o que nunca foi visto
Juro que não tinha dado por nada
Só sentia a tua pele
O sabor dos teus mimos
O cheiro das tuas carícias
E via a mais bela das princesas sobre mim


Continua…