sexta-feira, novembro 26, 2004

Ordinário mesmo...

Chegaste a meio da tarde…
Esperaste um pouco, até te mandar entrar.
Quando entraste pediu para te sentares
Abriste muito a boca
Não era de espanto…
Colocou-te o objecto na boca…
Tremeste e sentiste um arrepio…
Engasgas-te um pouco…
Mas com uma força interior enorme
Continuaste a dar o teu melhor
Não era o momento nem o local
Para fazer figuras tristes
Não sentias prazer, mas continuavas
Deixaste que ele terminasse o que tinha começado
Lavaste a boca para tirar aquele gosto…
Levantaste para sair dali depressa…
Ainda ouviste …“até para o mês que vem”…

Adeus doutor
“Detesto dentistas”

quinta-feira, novembro 25, 2004

Espero...

Espero que tenha acabado como começou
Espero, que …
Espero, também …
Espero, sim …
Espero, porque …
Espero, não …
Espero, até …
Espero, só …

Espero, somente ...
Espero, pois ...
Espero que o de amanhã (hoje) corra melhor

quarta-feira, novembro 24, 2004

Castelos no ar...

Estou acordado e a sonhar
A sonhar contigo
A construir castelos no ar
A fazer projectos no umbigo

Talvez tenha de parar
Não sei é se consigo
É bom ver e apreciar
A tua meiguice para comigo

Gostaria muito de ficar
Toda a vida sempre contigo
Mas nós dois sabemos olhar
Ver qual seria o perigo

Ter uma princesa sempre a saltar
E um tonto como amigo

terça-feira, novembro 23, 2004

Vontade de...

Afinal, tantas queixas…
Para no fim Ele lá deixar os dois encontrarem-se.
Deu para te dar um beijo, não o que queria, mas o possível.
Não me queixo, é de longe muito melhor que os que escrevo.
Como é possível, teres um ar tão doce e meigo.
És tão bonita, ao princípio do dia como ao fim dele.
Talvez tenhas um ar mais rebelde pela manhã.
Impressão a confirmar com o tempo.
Havemos de ter o nosso tempo.
Sabes o que mais gostei?
Daquele olhar em que vi a expressão,
“…como é que posso gostar deste imbecil?...”
Brinco para aliviar a, … nem sei o quê…
Gostei mesmo da festa que me fizeste na mão.
Do teu ar mais aflito que o meu.
Espero que tenhas gostado do meu coração, já o provaste, não?
Beijos onde …

segunda-feira, novembro 22, 2004

Será o tempo?

Algures no tempo perdi a infância
Perdi a esperança de ser feliz
Esperança não existe
Somente na infância
Infância só existe
Sem responsabilidade
Responsabilidade de ser feliz
Felicidade de ter esperança
Infância perdida
O tempo tudo leva
Leva a infância de ser feliz
A esperança de ser responsável

Quero urgentemente
Voltar à infância
Ter de novo esperança
Ser responsavelmente feliz

Quero ter tempo de tudo isto
Quero mais que tudo isto
Quero o teu …
Só tu sabes o que quero

Beijo onde…