sexta-feira, novembro 05, 2004

Afinal a espera é muito maior…

Algumas das impressões passaram.
Mas surgiu uma nova, tristeza por não te … tanta coisa, alguma coisa ou pouca coisa, mas certamente mais que nada.
A esperança não desaparece.
A ansiedade de estar contigo aumenta…
Os planos saem sempre furados, por isso cada vez gosto mais da surpresa.
Ainda bem que és imprevisível.

Vou continuar à espera do “nosso” momento.
Beijos onde quiseres

quinta-feira, novembro 04, 2004

Ultimas impressões…

Medo, sabes bem como sou cobarde, tenho as pernas a tremer.
E ainda falta tanto tempo.
Alegria, é muito difícil não estar bem disposto, estou sempre a rir.
E ainda falta tanto tempo.
Duvida, nunca tenho certezas, ponho tudo em causa.
E ainda falta tanto tempo.

“Sedutora”, sei que és mas não gostei, mas não gostei mesmo, porra.

Angustia, quem a não tem, por não corresponder ás expectativas.
E ainda falta tanto tempo.
Satisfação, quem não ficaria, por poder estar contigo.
E ainda falta tanto tempo.
Orgulho, não sabia que tinha, mas deve ser o que sinto por gostares de mim.
E ainda falta tanto tempo.

quarta-feira, novembro 03, 2004

Não sei o que escrever

Nunca tive imaginação para inventar histórias.
Não sei por pôr palavras o meu dia a dia, ou o meu estado de espírito.
Nunca sei o que possa interessar, seja a quem for.
Excepção feita, quando falo de ti ou para ti.
Ai tudo muda, muda para pior, porque alem de o não saber fazer por palavras, também não sei falar, nem ouvir nem ver.
Fico sempre com a sensação de pouco, muito pouco, fica sempre tudo por dizer, tudo por ouvir, tudo por ver e tudo por fazer.
Como gostava que não existisse realidade, que fosse tudo um sonho, um sonho a dois, faço uma concessão a três, (tu, eu e nós), sou mesmo muito egoísta, defeitos de filho único, em que tudo gira em volta do próprio umbigo.
Mas quando penso em ti, sinto-me único, sinto que sou o único umbigo do mundo.
Tudo isto é estranho, quase agradável, só o não é porque o anjinho ou diabinho, que está dentro de nós, me mostra a realidade.
E fico mais uma vez sem saber o que escrever.

A casa da terra

Casa de contornos verdes, tão verdes...
como a esperança de quem lá viveu.
Telhados vermelhos, tão vermelhos...
como o vermelho das paixões que lá sentimos.
Portas e janelas brancas, tão brancas como...
a brancura do espírito de quem lá ficou.
Soleira cinzenta, tão cinzenta como...
o cinzento das pessoas que não entram.
Chão castanho, tão castanho como...
o castanho das serras que se vêem.
Serras que eram verdes,...
como as arvores
Serras que ficaram vermelhas,...
como o fogo
Serras que foram brancas,...
como o calor
Serras que estiveram cinzentas,...
como a cinza
Serras que estão castanhas,...
como a terra

terça-feira, novembro 02, 2004

Saudades de sonhos…

Gostava de sonhar…
Sonhar que os teus sonhos são a nossa realidade…
Tenho saudades de sonhar…

Gostava de não ter saudades…
Sonhar que não tinha saudades…
Tenho saudades de ti…

Gostava de ser a tua realidade…
Sonhar que a realidade, é mesmo um sonho…
Tenho a realidade de te ter em sonho…

Gostava de sonhar que te tenho…

segunda-feira, novembro 01, 2004

Uma vez fui beijado por uma princesa...

...
Uma princesa?
Sim uma princesa.
...
Como era sua alteza?
Linda era de certeza.
...
Era mesmo da realeza?
Talvez não, mas era uma beleza.
...
Porque essa tristeza?
Por ser uma incerteza.
...
Só nós sabemos o porque de tanta dureza
...

domingo, outubro 31, 2004

Cai chuva do céu cinzento

Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.
Tenho uma grande tristeza
Acrescentada à que sinto.
Quero dizer-ma mas pesa
O quanto comigo minto.
Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não,
E a chuva cai levemente
(Porque Fernanda consente)
Dentro do meu coração.
Fernando Pessoa
Poesias Inéditas